1.(Fac. Albert
Einstein - Medicina 2016) O Índice de
Massa Corpórea
O Índice de
Massa Corpórea (IMC) é reconhecido pela Organização Mundial da Saúde como a
principal referência para a classificação das diferentes faixas de peso. Para calcular seu IMC, basta dividir sua
massa, em quilogramas, pelo quadrado de sua altura, em metros. Mas esse
não deve ser o único parâmetro para definir os riscos associados à obesidade.
Outros fatores, como a circunferência abdominal e a taxa de colesterol também
são muito importantes.
O dia 13 de
outubro é o Dia Mundial da Trombose. A doença, que é o terceiro transtorno
cardiovascular que mais mata no mundo, pode levar à embolia pulmonar – muitas
vezes fatal. E, entre seus fatores de risco, está a obesidade. De fato, só no
Brasil, são 60 milhões de pessoas acima do peso (das quais 25 milhões estão
obesas), o que nos coloca no quinto lugar no ranking mundial da obesidade.
A Trombose
Venosa Profunda (TVP), formação de um coágulo de sangue em uma veia profunda, e
sua complicação mais grave, a embolia pulmonar (TEP ou tromboembolismo
pulmonar) – quando o coágulo se solta e acomete a circulação pulmonar – compõem
a causa mais comum e evitável de morte hospitalar. O risco de trombose venosa
aumenta proporcionalmente, de maneira crescente, com o índice de massa corpórea
e também está associado com a maioria das outras medidas de sobrepeso e
obesidade, como a circunferência abdominal e o peso corporal. Abaixo, os
valores da tabela de Índice de Massa Corpórea (IMC):
Índice
|
Classificação
|
IMC < 16
|
Magreza grave
|
16 ≤ IMC < 17
|
Magreza moderada
|
17 ≤ IMC < 18,5
|
Magreza leve
|
18,5 ≤ IMC < 25
|
Saudável
|
25 ≤ IMC < 30
|
Sobrepeso
|
30 ≤ IMC < 35
|
Obesidade Grau I
|
35 ≤ IMC < 40
|
Obesidade Grau II
(severa)
|
IMC ≥
40
|
Obesidade Grau III
(mórbida)
|
Fonte: http://www.saudeemmovimento.com.br/
conteudos/conteudo_print.asp?cod_noticia=544
Acessado em 29/03/2016. [Adaptado]
|
Aos 21 anos e
com 1,74 m de altura, o paciente de um endocrinologista foi avisado que seria
conveniente um regime alimentar e uma caminhada diária de 10000m, pois seu
Índice de Massa Corpórea, de 31 kg/m2, indicava obesidade, e que ele
deveria atingir o índice IMC = 23 kg/m2.
Calcule quantos
quilogramas tal paciente deveria emagrecer para atingir esse índice. Trabalhe
apenas com valores inteiros, utilizando arredondamentos.
A estimativa do
gasto energético durante uma caminhada deverá ser calculada em razão da faixa
de velocidade da caminhada, da distância percorrida e da massa corpórea do
indivíduo. A uma velocidade entre 50 a 100 metros por minuto, ou seja, de 3 a 6
km/h, deverá ocorrer demanda energética por volta de 0,6 kcal a cada quilômetro
percorrido, por quilograma de massa corpórea (Di Prampero,1986; Webb et
alii,1988; citado por Guedes,1995:113). Logo, matematicamente, teremos a
seguinte equação:
Gasto energético da caminhada = 0,6 kcal x
distancia(km) x massa corporea(kg)
Determine a diferença de energia gasta, em kcal,
entre duas caminhadas, feitas pelo mesmo paciente, sendo uma delas quando seu
IMC era de 31 kg/m2 e ele se deslocava a 50 m/min e outra, em que
esse paciente já se deslocava a 100 m/min, pois seu IMC havia baixado para 23
kg/m2.
Considere que ambas
as caminhadas foram executadas conforme a recomendação do endocrinologista e
com velocidades constantes.
Sendo m0
a massa do paciente no início do tratamento e mF a massa
estabelecida para o final do tratamento, temos:
m0 / (1,74)2
= 31 → m0 ≈ 94 kg e mF / (1,74)2 = 23 → mF
≈ 70 kg
Portanto, o
paciente deverá emagrecer 94 – 70 = 24 kg.
Calculando, agora
a diferença entre os gastos energéticos na caminhada de 10000m. → 0,6 . 10 . 94
– 0,6 . 10 . 70 = 6 . 24 = 144kcal
TEXTO PARA A
PRÓXIMA QUESTÃO:
Custo e
manutenção dos aparelhos de imagem encarecem exames
É inegável que a
evolução da medicina diagnóstica permitiu avanços sem precedentes na prevenção
e tratamento de vários tipos de doenças. Se por um lado a tecnologia propiciou
fidelidade cada vez maior nas imagens obtidas do interior do corpo humano, por
outro ela também cobra o seu preço. Um exame de ressonância magnética, por
exemplo, pode chegar a R$1200,00 em média, se for feito sem material para
contraste, e R$1800,00 se essa substância para contraste for utilizada.
A ressonância
nuclear magnética, ou simplesmente ressonância magnética, é um método de
diagnóstico por imagem que usa ondas de radiofrequência e um forte campo
magnético para obter informações detalhadas dos órgãos e tecidos internos do
corpo, sem a utilização de radiação ionizante. Esta técnica provou ser muito
valiosa para o diagnóstico de uma ampla gama de condições clínicas em todas as
partes do corpo. O aparelho em que o exame é feito consta de um tubo circundado
por um grande eletroímã, no interior do qual é produzido um potente campo
magnético.
Na técnica de
ressonância magnética aplicada à medicina trabalha-se principalmente com as
propriedades magnéticas do núcleo de hidrogênio, que é o menor núcleo que
existe e consta de apenas um próton.
O paciente a ser
examinado é colocado dentro de um campo magnético intenso, o qual pode variar
de 0,2 a 3,0 teslas, dependendo do aparelho. Esse campo magnético externo é
gerado pela elevada intensidade de corrente elétrica circulando por uma bobina
supercondutora que precisa ser continuamente refrigerada a uma temperatura de 4k
(Kelvin), por meio de hélio líquido, a fim de manter as características
supercondutoras do magneto.
(Disponível em:
http://www.famerp.br/projis/grp25/ressonancia.html. Adaptado.)
Um dos motivos
para os altos valores cobrados por exames de imagem sofisticados é o alto custo
desses aparelhos, dos custos de instalação e manutenção do equipamento, além da
exigência de mão de obra extremamente qualificada para operá-los.
Um equipamento
de ressonância magnética, por exemplo, pode custar de US$ 2 milhões a US$3,5
milhões, dependendo da sua capacidade. Além disso, há um adicional anual de
cerca de R$2 milhões em manutenção, incluindo o custeio de procedimentos para
arrefecer as bobinas magnéticas da máquina.
(Disponível em: http://glo.bo/19JB2sB. Adaptado.)
2. (Fac. Albert
Einstein - Medicina 2016) Admita que um
determinado hospital adquira um aparelho de ressonância magnética pela média
dos preços propostos no texto, e que sua manutenção citada seja anual. Calcule
o tempo necessário, em anos, para que o investimento no aparelho, incluindo o
seu custo de manutenção, seja coberto pela receita obtida com os exames
realizados.
Considere 10
exames diários a preços normais de R$1800,00, meses de 30 dias e 1US$ = R$4,00.
O preço médio do
equipamento de ressonância, em reais, é de:
Equipmed
= (2.106 + 3,5.106).4/2 → Equipmed = 11.106
reais
O custo total,
incluindo o custo de manutenção, será de:
CustoEquip
= EquipMed + Manutençao = 11.106
+ 2.106.N, onde N
é o número
de anos que o
aparelho será utilizado até que seu custo seja coberto pela
receita obtida
com os exames realizados.
A receita obtida
com a realização dos exames será de:
Receita = 10.30 .1800.12.N
= 6,48.106.N, onde
N é o número de anos que o
aparelho será
utilizado.
Para que o custo
total seja coberto pela receita obtida pelos exames é
preciso que os
custos sejam iguais as receitas, ou seja:
CustoEquip
= Receitas → 11.106 + 2.106.N = 6,48.106N →
11 + 2N = 6,48 N →
4,48N = 11 → N = 2,46 anos
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