1.
(Ita 2018) Um poliedro convexo tem faces triangulares e
quadrangulares. Sabe-se que o número de arestas, o número de faces triangulares
e o número de faces quadrangulares formam, nessa ordem, uma progressão
aritmética de razão – 5. Determine o número de vértices do poliedro.
Sejam n, n - 5 e n – 10, respectivamente, as quantidades de arestas, faces
triangulares e quadrangulares.
Então, n = [3.(n - 5) + 4.(n - 10)]/2 → 2n = 3n - 15)
+ 4n – 40 → n = 11
Logo, o poliedro possui 11 arestas, 6 faces
triangulares e 1 face quadrangular,
ou seja, possui 7 faces.
Dessa forma, sendo V o número de vértices do
poliedro, temos:
V – 11 + 7 = 2 → V = 6
Resposta: Seis vértices
2.
(Ita 2018) Encontre o conjunto solução S está contido em R da
inequação exponencial:
3x
– 2 + ∑k=14 3x+k ≤
1081/18
3x – 2 + 3x + 1 + 3x + 2 + 3x + 3 + 3x + 4 ≤ 1081/18
Resposta: S = {x ɛ R / x ≤ log3 1/2}
3x – 2 + 3x + 1 + 3x + 2 + 3x + 3 + 3x + 4 ≤ 1081/18
3x/9 + 3x.3 + 3x.9
+ 3x.27 + 3x.81 ≤ 1081/18
3x(1/9
+ 3 + 9 + 27 + 81) ≤ 1081/18 → 1081.3x/9 ≤ 1081/18
3x ≤
1/2 → log3 3x ≤ log3 1/2
→ x ≤ log3 1/2
3.
(Ita 2018) De uma caixa que contém 10 bolas brancas e 6 bolas
pretas, são selecionadas ao acaso k bolas.
a)
Qual a probabilidade de que exatamente r bolas sejam brancas, nas condições 0 ≤
k – r ≤ 6 e 0 ≤ k ≤ 10.
b)
Use o item (a) para calcular a soma ∑r=06 C10,r .
C6, 6 - r
a)Seja A o evento: selecionar, ao acaso, r
bolas brancas e k - r bolas
pretas,
nas condições do enunciado n(A) = C10,r C6,k-r
Seja
Ω o
espaço amostral: selecionar, ao acaso, k bolas, nas condições
do
enunciado n(Ω) = C16,k
Então,
sendo P(A) a probabilidade de ocorrer o evento A, temos:
P(A) = C10,r C6,k-r / C16,k
b)
Do item “a”, tomando k = 6, ∑r=06 C10,r . C6,
6 – r / C16,6
Então,
1/ C16,6 . ∑r=06 C10,r . C6, 6
– r = 1 → ∑r=06 C10,r . C6, 6 – r
= C16,6
∑r=06
C10,r . C6, 6 – r = 16!/6!.10! = 8008
Resposta:
a) A probabilidade pedida é P(A) = C10,r
C6,k-r / C16,k
b) ∑r=06
C10,r . C6, 6 – r = 8008
4.
(Ita 2018) A aresta lateral de uma pirâmide reta de base
quadrada mede 13 cm e a área do círculo inscrito na base mede 25π/2 cm2.
Dois planos, π1 e π2 paralelos à base, decompõem a
pirâmide em três sólidos de mesmo volume. Determine a altura de cada um desses
sólidos.
Do
enunciado,
l = 2r → πr2 = 25π/2 → r2 = 25/2
→ r2 = 2.25/4 → r = 5√2/2 → l = 5√2
OC = 1/2. 5√2 . √2 = 5
No triângulo AOC, 132 = 52
+ (AO)2 → AO = 12.
Os sólidos AJKLM e ABCDE são semelhantes,
logo,
V/3V = (h1/12)3
→ 1/3 = (h1/12)3 → 1/3√3 = h1/12 → h1 = 12 /3√3 cm
Os sólidos AJKLM e AFGHI são semelhantes,
logo,
V/2V = [h1 /(h1 + h2)]3
→ 1/3√2 = h1 /(h1 + h2) → h1
+ h2 = 3√2 h1
h2 = 3√2 h1
– h1 → h2 = h1(3√2
– 1), como h1 = 12/3√3
cm, então
h2 = 12/3√3.(3√2
– 1) → h2 = 12(3√2
– 1)/3√3 cm e h1 + h2
+ h3 = 12
Então,
12/3√3 + 12/3√2 .(3√3–
1) + h3 = 12 → h3 = (3√3 - 3√2)/3√3
cm
Resposta: As alturas dos sólidos formados são: h1
= 12/3√3 cm,
h2 = 12(3√2 – 1)/3√3
cm e h3
= (3√3 - 3√2)/3√3
cm.
5.
(Ita 2018) No plano cartesiano são dadas as circunferências
C1
: x2 + y2 = 1 e C2 : (x - 4)2 + y2
= 4. Determine o centro e o raio de uma circunferência C tangente
simultaneamente a C1 e C2, passando pelo ponto A = (3,
√3).
Do enunciado, sem perda de generalidade, observemos a figura:
A reta s passa pelos pontos A(3, √3), B(4,
0) e C(xC, yC), onde C é o centro
da circunferência λ.
Sendo ms = (√3 - 0)/(3 - 4) →
ms = - √3, então s : y – 0 = - √3.(x - 4) →
y = - √3.(x - 4).
Como C ε s, C(a -√3(a - 4)) e ms
= - √3, CBD = 600
No triângulo CBD, (r + 1)2 = (r
+ 2)2 + 42 - 2.(r + 2).4.cos600
r2 + 2r + 1 = r2 + 4r
+ 4 + 16 - 2.(r + 2).4.1/2 →
2r + 1 = 4r + 20 – 4r – 8
2r = 11 → r = 11/2.
Como dA,C = r → √[(a - 3)2
+ (-√3(a - 4) - √3)2] = 11/2
(a - 3)2 + (-√3(a - 4) -√3)2
= 121/4 → (a - 3)2 + (√3)2.(a - 3)2 = 121/4
(a - 3)2 . (1 + 3) = 121/4 → (a
- 3)2 = 121/16 → a - 3 = ±√121/16
a - 3 = ± 11/4 → a' – 3 = 11/4 → a' = 23/4 ou a'' – 3 = - 11/4 → a'' = 1/4
Assim, há duas possibilidades para λ
λ1 : Centro no
ponto (23/4, - 7√3/4) e raio igual a 11/2
λ2 : Centro no
ponto (1/4, 15√3/4) e raio igual a 11/2.
6.
(Ita 2018) Uma reta r separa um plano π em dois semiplanos π1
e π2 Considere pontos A e B tais que A ε π1 e B ε π1,
de modo que d(A, r) = 3, d(B, r) = 6 e d(A, B) = 15. Uma circunferência contida
em π passa pelos pontos A e B e encontra r nos pontos M e N. Determine a menor
distância possível entre os pontos M e N.
Do
enunciado, temos a figura:
Na figura, os triângulos ACP e BDP são
semelhantes, pelo caso AA.
Como AB = 15, 3b = 15 → b = 5
Em relação ao ponto P,PM . PN = b . 2b =
2.52 = 50
Sejam PM
= x e PN
= y, então x.y = 50 → y = 50/x e MN = MP + PN
MN = x + y → MN = x + 50/x
Note que: (√x - 5√2/√x)2 = x +
50/x - 10√2
Daí, MN = x + 50/x
- 10√2 + 10√2) = (√x - 5√2/√x)2 + 10√2
Como (√x - 5√2/√x)2 ≥ 0 → mínimo
MN = 10√2
Assim, a menor distância entre os pontos M
e N é 10√2.
Resposta: A menor distância possível entre os
pontos M e N é 10√2
7.
(Ita 2018) No plano cartesiano são dados o ponto P(0, 3) e o
triângulo de vértices A(0, 0), B(3, 0) e C(3,2). Determine um ponto N sobre o
eixo dos x de modo que a reta que passa por P e N divida o triângulo ABC em
duas regiões de mesma área.
Do
enunciado,
Q(c, d) :
ponto de intersecção da reta r com a reta AC.
SABC : área do triângulo ABC.
SAQN : área do triângulo AQN.
SCQNB : área do quadrilátero CQNB.
SAQN = SCQNB .
SABC = ½ . 3. 2 → SABC = 3 → SABC = 2. SAQN
→ SAQN = 3/2
Como mAC = (yC - yA)/(
xC - xA) = (2 - 0)/( 3 - 0) = 2/3, então a
reta
AC será
y = 2x/3.
Como mr = (yP – yN)/(
xP – xN) = (3 , 0)/(0 - a) = - 3/a → r : y – 3 = -3/4 .
(x - 0)
y = - 3x/a + 3.
Como r ∩ AC = {Q}, então y = 2x/3 → x = 3y/2 (eq. I) e
y = - 3x/a + 3 (eq. II)
Substituindo eq. I na
eq. II, vem y = - 3/a . 3y/2 + 3 → y = - 9y/2a + 3 →
y + 9y/2a = 3 → 2ay + 9y = 6a → (2a + 9)y
= 6a → y = 6a/(2a + 9) →
d = 6a/(2a + 9).
Como SAQN = 1/2 . a. d → 3/2 = 1/2 . a . 6a/(2a + 9) → 3
= 6a2/(2a + 9)
3.(2a + 9) = 6a2 → 2a2
– 2a – 9 = 0 → a = (2 ± √76)/4 → a = (2
± 2√19)/4
a = (1 ± √19)/2 → a' = (1 + √19)/2 ou
a" = (1 - √19)/2, não convém
Portanto N((1 + √19)/2, 0) .
8.
(Ita 2018) Seja p(x) um polinômio não nulo. Se x3 –
4x2 + 5x - 2 e x3 – 5x2 + 8x - 4 são divisores
de p(x), determine o menor grau possível de p(x).
Do
enunciado, sejam a(x) = x3 – 4x2 + 5x - 2 e b(x)
= x3 – 5x2 + 8x - 4
● De a(x) = x3 – 4x2
+ 5x - 2 → a(x) = x3 – x2
- 3x2 + 3x + 2x - 2
a(x) = x2.(x - 1) – 3x.(x - 1)
+ 2.(x - 1) → a(x) = (x - 1).(x2 – 3x + 2)
a(x) = (x - 1).(x2 – x – 2x +
2) → a(x) = (x - 1).[x(x - 1) - 2(x - 1)]
a(x) = (x - 1).(x - 1).(x - 2) → a(x) = (x - 1)2.(x - 2)
● De b(x) = x3 – 5x2
+ 8x - 4 → b(x) = x3 – x2 - 4x2
+ 4x + 4x - 4
b(x) = x2(x - 1) - 4x(x - 1) +
4(x - 1) → b(x) = (x2 - 4x + 4)(x - 1)
b(x) = (x - 2)2.(x - 1)
Como a(x) e b(x) são divisores de p(x),
p(x) admite no mínimo quatro
raízes, que são: x = 1 e x = 2
ambas com multiplicidade 2.
Assim, o grau de p(x) é no mínimo
igual a 4.
Portanto o menor grau possível de p(x) é 4.
9.
(Ita 2018) Seja z = cosπ/7 + isenπ/7. Pedem-se:
a)
Use a propriedade zk = coskπ/7 + isenkπ/7, k ɛ Z, para expressar cosπ/7,
cos3π/7 e cos5π/7 em função de z.
b)
Determine inteiros a e b tais que a/b = cosπ/7 + cos3π/7 + cos5π/7.
a)
Note que:
● cos (2π - kπ/7) = cos kπ/7 =
cos [π(14 - k)/7]
● sen (2π - kπ/7 = - sen kπ/7 = - sen [π(14 - k)/7]
De
zk = coskπ/7 + isenkπ/7 → z14 - k = cos[(14 – k)π/7] +
isen[(14 - k)π/7]
Por
outro lado, zk = cos[(14 – k)π/7] - isen[(14 - k)π/7]
Então, zk + z14 – k
= 2.cos[(14 - k)π/7] → (z4 + z14 – k)/2 =
cos[(14 - k)π/7]
Para k = 13, (z13 + z14 – 13)/2 =
cos[(14 - 13)π/7] → cosπ/7 = 1/2 . (z13
+ z)
Para k = 11, (z11 + z14 – 11)/2 =
cos[(14 - 11)π/7] → cos3π/7 = 1/2 . (z11
+ z3)
Para k = 9, (z9 + z14 – 19)/2 = cos[(14
- 9)π/7] → cos5π/7 = 1/2 . (z9
+ z5)
b) Teremos:
cosπ/7 + cos3π/7 + cos5π/7 = 1/2 . (z13 + z) + 1/2 .
(z11 + z3) + 1/2 . (z9+ z5)
cosπ/7 + cos3π/7 + cos5π/7 = 1/2 . (z13 + z + z11
+ z3 + z9 + z5)
cosπ/7 + cos3π/7 + cos5π/7 = 1/2 . (z + z3 + z5
+ z7 + z9 + z11 + z13 – z7)
cosπ/7 + cos3π/7 + cosπ5/7 = 1/2 . [(z((z2)7-1)/(z2
- 1) – z7]
Para k = 0 em z14 - k = cos[(14 – k)π/7] + isen[(14
- k)π/7] =
z14 = cos14π/7 + isen14π/7 = cos2π + isen2π → z14 = 1
Para k = 7 em z14 -
k = cos[(14 – k)π/7] + isen[(14 - k)π/7] =
z7 = cosπ + senπ → z7 = - 1
Logo,
cosπ/7 + cos3π/7 + cos5π/7 = 1/2 . [z(z14 -1)/(z2
- 1)] – z7
cosπ/7 + cos3π/7 + cos5π/7 = 1/2 . [z(1 -1)/(z2
- 1)] – (-1) = 1/2 . 1 = 1/2
Como a/b = cosπ/7 + cos3π/7 +
cos5π/7 e cosπ/7 +
cos3π/7 + cos5π/7
= 1/2, então os inteiros a = 1 e b = 2 satisfazem a relação
a/b.
Portanto :
a) cosπ/7 = 1/2
. (z13 + z), cos3π/7 = 1/2 . (z11 + z3), cos5π/7
= 1/2 . (z9 + z5)
b) Os inteiros a = 1 e b = 2 satisfazem a/b = cosπ/7 +
cos3π/7 + cos5π/7
10.
(Ita 2018) Quantos pares de números inteiros positivos (A, B)
existem cujo mínimo múltiplo comum é 126x103 ? Para efeito de
contagem, considerar (A, B) ≡ (B, A).
Decompondo 126x103 = 2.32.7.(5.2)3
= 24.32.53.71
Como mmc (A, B) = 24.32.53.71,
tanto A, quanto B dividem 24.32.53.71
Então, A = 2α1. 3α2.
5α3 . 7α4 e B = 2β1. 3β2. 5β3
. 7β4 são tais que :
α1 . β1 ɛ {0, 1, 2,
3, 4} ; α2 . β2 ɛ {0, 1, 2} ; α3 . β3
ɛ {3} ; α4 . β4 ɛ {0, 1}
Como mmc (A, B) = 24.32.53.71
então máx.{α1, β1 } = 4 ; máx.{α2, β2
} = 2 ;
máx.{α3, β3 } = 3 ;
máx.{α4, β4 } = 1.
Possibilidades para máx.{α1, β1
} = 4 :
{(0, 4), (1 4), (2, 4), (3, 4), (4, 4),
(4, 0), (4, 1), (4,2), (4,3)} → 9
possibilidades
Possibilidades para máx.{α2, β2
} = 2 :
{(0, 2), (1 2), (2, 2), (2, 0), (2, 1)} → 5 possibilidades
Possibilidades para máx.{α3, β3
} = 3 :
{(0, 3), (1 3), (2, 3), (3, 3), (3, 0),
(3, 1), (3,2)} → 7
possibilidades
Possibilidades para máx.{α4, β4
} = 1 :
{(0, 1), (1 1), (1, 0)} → 3 possibilidades
Assim, o total de possibilidades para A ǂ
B é: (9.5.7.3 – 1)/2 = 472
possibilidades.
O total de possibilidades para A = B →1 possibilidade
Portanto, o total de pares de números inteiros
positivos (A,B) cujo mínimo
múltiplo comum é 126x103 é 473.