Considerado uma
das mentes mais brilhantes da história, físico teve a morte confirmada por um
porta voz da família; cientista lutou contra a Esclerose
Lateral Amiotrófica (ELA) durante
mais de cinco décadas
O
mundo perdeu, na madrugada desta quarta-feira (14/03/2018), uma das mais
brilhantes mentes científicas de todos os tempos. O físico e pesquisador
britânico Stephen Hawking morreu aos 76 anos de idade em Cambridge, na
Inglaterra. A informação foi confirmada por um porta-voz da família do
cientista, que não deu detalhes sobre a causa da morte. "Estamos
profundamente tristes que o nosso querido pai faleceu hoje. Ele foi um grande
cientista e um homem incrível, cujo legado vai viver por muitos anos",
dizia a nota, assinada por Lucy, Robert e Tim, filhos de
Hawking.
Portador
de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), Hawking batalhou
contra a doença por 55 anos e já havia perdido a fala e capacidades motoras em
decorrência da doença.
Nascido em Oxford, na Inglaterra, em 1942,
Hawking estudou na Universidade de Oxford e depois fez seu PhD em cosmologia na
Universidade Cambridge, onde lecionou durante anos nas áreas de física e
matemática. É professor lucasiano emérito da universidade, mesmo
título concedido a Isaac Newton. O físico também era diretor do
Departamento de Matemática Aplicada e Física Teórica na universidade.
Considerado um dos mais brilhantes
cientistas da história, Hawking é reconhecido na comunidade acadêmica
principalmente por suas pesquisas com buracos negros espaciais, cosmologia,
mecânica quântica e pela ampliação do estudo sobre a teoria da relatividade,
proposta por Albert Einstein.
Durante sua carreira, recebeu diversos
prêmios e honrarias, como a Medalha Albert Einstein e a Medalha Copley .Também
é detentor da Medalha Presindencial da Liberdade, maior prêmio cívil do governo
dos Estados Unidos e foi condecorado comandante da Ordem Real do Império
Britânico. Durante os anos 90, Hawking rejeitou o título de Cavaleiro da
Rainha.
Inspirado pelo colega Carl Sagan, o
físico também era famoso pela sua luta para simplificar a linguagem
científica e tentar explicar conceitos complexos para pessoas leigas. Com isso,
promoveu o interesse pela física e cosmologia em pessoas do mundo inteiro com o
lançamento de best sellers como "Uma Breve História no Tempo" e
"O Universo Numa Casca de Noz", que venderam milhões de cópias pelo
planeta. O físico escreveu 14 livros durante sua carreira.
A vontade de popularizar a ciência, somada
às muitas participações de Hawking em programas de entrevistas e
na cultura pop, como nas série "Star Trek" e "Star Trek -
The Next Generation", no música "Keep Talking", da
banda Pink Floyd ou em desenhos como "Os Simpsons" e
"Futurama", entre outros, geraram uma série de críticas da comunidade
acadêmica ao físico. De acordo com alguns colegas, a personalidade
"popstar" de Hawking não contribuia para a ciência. Apesar das
críticas, Stephen Hawking era querido e respeitado pela imensa maioria dos
colegas. Conhecido por seu senso de humor, ele é visto por muitos como um
visionário por conseguir simplificar conceitos tão complexos.
A
popularidade e a genialidade de Hawking renderam ao físico um filme biográfico.
"A Teoria de Tudo", lançado em 2014, é baseado no livro "My Life
with Stephen" de Jane Hawking, primeira esposa do físico e mãe de
seus três filhos. Jane e Stephen ficaram casados de 1965 até 1991. Quatro
anos após o fim do primeiro casamento, o físico se casou com a
enfermeira Elaine Mason. Os dois se separaram em 2006.
O
filme, dirigido por James Marsh, foca no romance entre os dois, no
diagnóstico do cientista com a doença Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)
e no sucesso de Hawnking no campo da física. O filme foi bem recebido pelo
público e pela crítica e rendeu a Eddie Redmayne o Oscar e Globo de Ouro
de melhor ator.
O
físico também foi eternizado no documentário "A Brief History of
Time", dirigido por Errol Morris, que conta com entrevistas com
familiares, amigos, colegas e pessoas próximas de Hawking.
Stephen
Hawking foi diagnosticado com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA ou Doença
de Lou Gehrig) em 1963, quando tinha apenas 21 anos. Ainda nos anos 60,
começou a ter dificuldades para escrever e a usar muletas para andar. No final
da década, contra sua vontade, passou a usar uma cadeira de rodas para se
locomover.
Nos
anos 70, a capacidade de fala do cientista começou a se deteriorar e apenas
pessoas próximas dele conseguiam entendê-lo. Em 1985, ele sofreu de uma
pneumonia e foi submetido a uma traqueostomia, o que eliminou completamente sua
habilidade de falar. No ano seguinte, ele recebeu o computador
"Equalizer", que o ajudou a se comunicar e a escrever artigos e
livros durante mais de três décadas.
Em
2005, o cientista perdeu o movimento das mãos e já não podia mais movimentar a
cadeira de rodas sozinho. Ele começou a utilizar o "Equalizer"
através dos músculos do rosto, produzindo cerca de uma palavra por minuto. Ao
longo dos anos, o físico se uniu com a empresa Intel para desenvolver um
sofware que ajudasse a "prever" suas palavras. O
físico Werner Israel chegou a dizer que Hawking era o "Mozart da
física", por conta de suas incríveis contribuições científicas apesar das
dificuldades para produzir.
No
ano de 2009, Hawking já não conseguia mais mover sua cadeira de rodas sozinho e
sua condição seguiu se deteriorando. Nos últimos anos de sua vida, ele conviveu
com problemas respiratórios e foi internado diversas vezes.
Fonte: Último Segundo - iG @ http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2018-03-14/stephen-hawking-morre.html
Belo exemplo de vida e vc tb é um a ser seguido, não te falta garra, força e resignação .bjsssss
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