sexta-feira, 24 de março de 2017

QUESTOES FAC. ALBERT EINSTEIN MEDICINA 2016 – TIPO ANALITICA - COMENTADAS




1.(Fac. Albert Einstein - Medicina 2016)  O Índice de Massa Corpórea
O Índice de Massa Corpórea (IMC) é reconhecido pela Organização Mundial da Saúde como a principal referência para a classificação das diferentes faixas de peso. Para calcular seu IMC, basta dividir sua massa, em quilogramas, pelo quadrado de sua altura, em metros. Mas esse não deve ser o único parâmetro para definir os riscos associados à obesidade. Outros fatores, como a circunferência abdominal e a taxa de colesterol também são muito importantes.

O dia 13 de outubro é o Dia Mundial da Trombose. A doença, que é o terceiro transtorno cardiovascular que mais mata no mundo, pode levar à embolia pulmonar – muitas vezes fatal. E, entre seus fatores de risco, está a obesidade. De fato, só no Brasil, são 60 milhões de pessoas acima do peso (das quais 25 milhões estão obesas), o que nos coloca no quinto lugar no ranking mundial da obesidade.

A Trombose Venosa Profunda (TVP), formação de um coágulo de sangue em uma veia profunda, e sua complicação mais grave, a embolia pulmonar (TEP ou tromboembolismo pulmonar) – quando o coágulo se solta e acomete a circulação pulmonar – compõem a causa mais comum e evitável de morte hospitalar. O risco de trombose venosa aumenta proporcionalmente, de maneira crescente, com o índice de massa corpórea e também está associado com a maioria das outras medidas de sobrepeso e obesidade, como a circunferência abdominal e o peso corporal. Abaixo, os valores da tabela de Índice de Massa Corpórea (IMC):

Índice
Classificação
IMC < 16
Magreza grave
16 ≤ IMC < 17
Magreza moderada
17 ≤ IMC < 18,5
Magreza leve
18,5 ≤ IMC < 25
Saudável
25 ≤ IMC < 30
Sobrepeso
30 ≤ IMC < 35
Obesidade Grau I
35 ≤ IMC < 40
Obesidade Grau II
(severa)
 IMC ≥ 40
Obesidade Grau III
(mórbida)

Fonte: http://www.saudeemmovimento.com.br/
conteudos/conteudo_print.asp?cod_noticia=544
Acessado em 29/03/2016. [Adaptado]


Aos 21 anos e com 1,74 m de altura, o paciente de um endocrinologista foi avisado que seria conveniente um regime alimentar e uma caminhada diária de 10000m, pois seu Índice de Massa Corpórea, de 31 kg/m2, indicava obesidade, e que ele deveria atingir o índice IMC = 23 kg/m2.

Calcule quantos quilogramas tal paciente deveria emagrecer para atingir esse índice. Trabalhe apenas com valores inteiros, utilizando arredondamentos.

A estimativa do gasto energético durante uma caminhada deverá ser calculada em razão da faixa de velocidade da caminhada, da distância percorrida e da massa corpórea do indivíduo. A uma velocidade entre 50 a 100 metros por minuto, ou seja, de 3 a 6 km/h, deverá ocorrer demanda energética por volta de 0,6 kcal a cada quilômetro percorrido, por quilograma de massa corpórea (Di Prampero,1986; Webb et alii,1988; citado por Guedes,1995:113). Logo, matematicamente, teremos a seguinte equação:

Gasto energético da caminhada = 0,6 kcal x distancia(km) x massa corporea(kg)

Determine a diferença de energia gasta, em kcal, entre duas caminhadas, feitas pelo mesmo paciente, sendo uma delas quando seu IMC era de 31 kg/m2 e ele se deslocava a 50 m/min e outra, em que esse paciente já se deslocava a 100 m/min, pois seu IMC havia baixado para 23 kg/m2.

Considere que ambas as caminhadas foram executadas conforme a recomendação do endocrinologista e com velocidades constantes.

Sendo m0 a massa do paciente no início do tratamento e mF a massa estabelecida para o final do tratamento, temos:

m0 / (1,74)2 = 31 → m0 ≈ 94 kg  e  mF / (1,74)2 = 23 → mF ≈ 70 kg

Portanto, o paciente deverá emagrecer 94 – 70 = 24 kg.

Calculando, agora a diferença entre os gastos energéticos na caminhada de 10000m. → 0,6 . 10 . 94 – 0,6 . 10 . 70 = 6 . 24 = 144kcal
  
  

                 TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Custo e manutenção dos aparelhos de imagem encarecem exames
É inegável que a evolução da medicina diagnóstica permitiu avanços sem precedentes na prevenção e tratamento de vários tipos de doenças. Se por um lado a tecnologia propiciou fidelidade cada vez maior nas imagens obtidas do interior do corpo humano, por outro ela também cobra o seu preço. Um exame de ressonância magnética, por exemplo, pode chegar a R$1200,00 em média, se for feito sem material para contraste, e R$1800,00 se essa substância para contraste for utilizada.

 




A ressonância nuclear magnética, ou simplesmente ressonância magnética, é um método de diagnóstico por imagem que usa ondas de radiofrequência e um forte campo magnético para obter informações detalhadas dos órgãos e tecidos internos do corpo, sem a utilização de radiação ionizante. Esta técnica provou ser muito valiosa para o diagnóstico de uma ampla gama de condições clínicas em todas as partes do corpo. O aparelho em que o exame é feito consta de um tubo circundado por um grande eletroímã, no interior do qual é produzido um potente campo magnético.
Na técnica de ressonância magnética aplicada à medicina trabalha-se principalmente com as propriedades magnéticas do núcleo de hidrogênio, que é o menor núcleo que existe e consta de apenas um próton.
O paciente a ser examinado é colocado dentro de um campo magnético intenso, o qual pode variar de 0,2 a 3,0 teslas, dependendo do aparelho. Esse campo magnético externo é gerado pela elevada intensidade de corrente elétrica circulando por uma bobina supercondutora que precisa ser continuamente refrigerada a uma temperatura de 4k (Kelvin), por meio de hélio líquido, a fim de manter as características supercondutoras do magneto.

(Disponível em: http://www.famerp.br/projis/grp25/ressonancia.html. Adaptado.)


Um dos motivos para os altos valores cobrados por exames de imagem sofisticados é o alto custo desses aparelhos, dos custos de instalação e manutenção do equipamento, além da exigência de mão de obra extremamente qualificada para operá-los.
Um equipamento de ressonância magnética, por exemplo, pode custar de US$ 2 milhões a US$3,5 milhões, dependendo da sua capacidade. Além disso, há um adicional anual de cerca de R$2 milhões em manutenção, incluindo o custeio de procedimentos para arrefecer as bobinas magnéticas da máquina.

(Disponível em: http://glo.bo/19JB2sB. Adaptado.)


2. (Fac. Albert Einstein - Medicina 2016)  Admita que um determinado hospital adquira um aparelho de ressonância magnética pela média dos preços propostos no texto, e que sua manutenção citada seja anual. Calcule o tempo necessário, em anos, para que o investimento no aparelho, incluindo o seu custo de manutenção, seja coberto pela receita obtida com os exames realizados.
Considere 10 exames diários a preços normais de R$1800,00, meses de 30 dias e 1US$ = R$4,00.

O preço médio do equipamento de ressonância, em reais, é de:

Equipmed = (2.106 + 3,5.106).4/2 → Equipmed = 11.106 reais

O custo total, incluindo o custo de manutenção, será de:

CustoEquip = EquipMed + Manutençao  = 11.106 + 2.106.N, onde N é o número

de anos que o aparelho será utilizado até que seu custo seja coberto pela

receita obtida com os exames realizados.

A receita obtida com a realização dos exames será de:

Receita = 10.30 .1800.12.N = 6,48.106.N, onde N é o número de anos que o

aparelho será utilizado.

Para que o custo total seja coberto pela receita obtida pelos exames é

preciso que os custos sejam iguais as receitas, ou seja:

CustoEquip = Receitas → 11.106 + 2.106.N = 6,48.106N →

11 + 2N = 6,48 N → 4,48N = 11 → N = 2,46 anos

  

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